Nesta semana, fãs ao redor do mundo lembram com emoção e saudade os oito anos da morte de Chester Bennington, vocalista da icônica banda Linkin Park. Em 20 de julho de 2017, Chester foi encontrado morto em sua casa na Califórnia, aos 41 anos, vítima de suicídio. Sua partida repentina deixou um vazio irreparável na música e impactou milhões de pessoas que se identificavam com suas letras intensas e sua voz marcante.
Uma voz que ecoa gerações
Chester ficou mundialmente conhecido como vocalista do Linkin Park, banda que explodiu no começo dos anos 2000 com o álbum Hybrid Theory (2000), um dos discos mais vendidos na história do rock moderno. Misturando nu metal, rap, eletrônica e uma carga emocional profunda, músicas como In The End, Numb e Crawling marcaram toda uma geração.
Sua capacidade de transitar entre vocais melódicos suaves e gritos potentes foi uma das características mais marcantes de seu estilo, refletindo sua luta constante contra a depressão, abuso de substâncias e traumas pessoais — temas frequentemente abordados em suas composições.
Ao longo dos anos, o Linkin Park experimentou diversos estilos musicais e amadureceu em sua sonoridade, sempre mantendo a alma nas composições: a vulnerabilidade humana.
Álbuns como Meteora (2003), Minutes to Midnight (2007) e A Thousand Suns (2010) demonstraram a capacidade da banda de se reinventar sem perder sua essência. Chester também explorou outros projetos, como Grey Daze, Stone Temple Pilots e Dead By Sunrise demonstrando sua paixão e versatilidade pela música.
Homenagens ao redor do mundo
Em 2025, diversas homenagens marcam o oitavo ano de sua morte. Fãs organizam tributos musicais e ações sobre a conscientização sobre saúde mental. Nas redes sociais, hashtags como #8YearsWithoutChester e #MakeChesterProud ganham destaque, acompanhadas de mensagens de amor, lembranças e gratidão.
O Linkin Park embora esteja em hiato desde da morte de Chester, continua presente na memória coletiva com relançamentos, edições comemorativas e conteúdos de bastidores. Mike Shinoda, cofundador da banda, tem usado suas redes sociais para manter viva a lembrança do amigo e colega de banda.
O show Linkin Park and Friends: Celebrate Life in Honor of Chester Bennington, realizado em 2017, reuniu músicos de várias bandas para uma noite de emoções intensas.
Legado além da música
Mais do que um astro do rock, Chester Bennington se tornou um símbolo da importância de falar abertamente sobre saúde mental. Após sua morte, aumentou -se o debate sobre depressão, ansiedade e suicídio no mundo da música. Instituições e campanhas para a prevenção ao suicídio passaram a citar sua história como um chamado à empatia, escuta e cuidado com o próximo.
O lado que jamais foi curado
Apesar da fama e carinho dos fãs, Chester também lutava contra os seus demônios internos. Ele foi vítima de abuso sexual na infância, o que impactou profundamente em sua saúde mental, ao longo da vida, enfrentou batalhas contra a dependência química, depressão e ansidade.
Em diversas entrevistas, ele falou abertamente sobre os traumas, tentando transformar sua dor em arte e empatia. Seu carisma e personalidade no palco contrastavam com momentos de grande fragilidade fora dele. Sua morte ocorreu no mesmo dia em que seu amigo próximo, Chris Cornell (vocalista do Soundgarden e Audioslave), completaria 53 anos — outro ícone do rock que também morreu por suicídio, apenas dois meses antes. Chester cantou no funeral de Cornell e parecia visivelmente abalado pela perda.
Uma voz que ainda canta em nós…
Oito anos se passaram, mas ainda a dor da partida de Chester Bennington ainda é sentida, assim como o amor eterno que seus fãs carregam. Sua voz potente e emocional, continua ecoando em fones de ouvidos, rádios e corações. Ele deu palavras àqueles que não conseguiam expressar sua dor. E, mesmo em sua ausência continua sendo uma luz para aqueles que enfrentam a escuridão.
Hoje, lembrar Chester é mais do que relembrar um ídolo. É reafirmar o carinho pelas pessoas. E, acima de tudo, é reconhecer que sua voz ainda vive e continuará vivendo sempre que alguém apertar o play em suas músicas.
por Guilherme Augusto Nascimento






