Jaguar: O cartunista sagaz de traços sátiros e irônicos que marcou uma época e influenciou gerações

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Jaguar começou a carreira no início da década de 1950, com seu traço cartunesco e humorístico contagiou as páginas dos periódios da época, tornando-o sua arte notória e atemporal, criando um elo com e conquistou seu espaço na cena quadrinística, quando em plena ditadura militar fundou um dos jornais mais revolucionários que o Brasil já teve, O Pasquim, onde ficou até o término das publicações em 1991.

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Entre grafite, nanquim e lápis de cor, sua arte explora a resistência política de um jeito bem humorado e significativo, do qual as pessoas possam se identificar e remeter a mensagem de maneira singular e categórica, fazendo com que sua expressividade artística tornasse sagaz, mas com uma sutileza cômica, beirando ao sátiro, o que era marcante em seus traços facundos e convenientes.

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Durante a ditadura militar, ficou preso por três anos, devido ao seu conteúdo ácido crítico aos acontecimentos presentes a este período, enfrentando árduos momentos de censura e perseguição durante este período na cena política brasileira. Sendo indenizado apenas nos anos 2000, pela comissão de Anistia devido à perseguição nas épocas árduas da ditadura militar.

Trabalhou com célebres artistas das artes gráficas, Ziraldo, Millôr Fernandes e Henfil foram seus grandes parceiros durante sua jornada, aonde Jaguar foi um grande difusor em contribuir para os periódicos mais relevantes do país como, Senhor, Civilização Brasileira, Pif-Paf e jornais como A Última Hora, Tribuna da Imprensa e O Dia, tornando-o suas artes loquazes e inspirando uma nova geração de artistas que veio posterior a ele.

No ano de 2020, sua obra ganhou destaque em uma exposição na 9ª Arte Galeria, em São Paulo, expondo sua trajetória diante as artes gráficas no Brasil, deixando seu legado imensurável de uma arte singular e referente, marcado por traços sagazes e irônicos, que intensificam a essência em representar lado humorístico e sátiro, sobre os fatos mais perspicazes do país, que nos deixou no último domingo (24) de Agosto, no Rio de Janeiro.

O cartunista estava internado no hospital Copa D’or devido a uma infecção respiratória, que acabou evoluindo gerando complicações renais, levando ao óbito aos 93 anos.

por Patrícia Visconti

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