Nas últimas semanas uma notícia trouxe – em partes – um respiro à faixa de Gaza, após uma possível na região, que já enfrenta essa guerra atual há quase dois anos, porém o cessar fogo está longe de acabar, ainda mais que isralenses ainda têm de invadir com drones e bombas os territórios resididos por palestinos, em uma disputa árdua e sangrenta que persiste ao longo de décadas, sem nunca ter tido uma paz como todos desejam.
Para compartilhar deste conflito intenso que persevera na Faixa de Gaza, chargistas e ilustradores brasileiros trouxeram toda sagacidade e espontaneidade para uma publicação inédita e autoral, visando a relevância atual e histórica desta situação delicada dedicada a memória de Ykenga – Bonifacio Rodrigues de Mattos que faleceu em 1º de abril de 2025 durante a realização dos trabalhos, entre esses artes remanescente nesta publicação. Organizado pelo ilustrador, cartunista e quadrinista Bira Dantas, que idealizou a proposta iniciando pelas redes sociais, mas onde ele queria ir além, para explorar a crítica social e política conectada ao através de charges dinâmicas e bem humoradas, em um experimento singular lançado pela Revista Pirralha.
O silêncio sobre Gaza e o grito dos chargistas é uma produção autoral e independente sobre o martírio que há anos a população de Gaza vive diariamente tentando sobreviver sob tiros e bombas, vivendo com um medo permanente e sem perspectivas, os artistas envolvidos apresentaram através de suas artes uma singularidade contínua sobre essa guerra brutal e mortal que já morreram milhares de vítimas e outras tantas ficaram feridas pelas forças armadas de Israel, em um conflito de vingança e repúdio a céu aberto, esprimido entre o Mar Mediterrâneo e um imenso muro construído por Israel.
“Estes sentimentos – o horror e a indignação – emergem com força nas charges dos cartunistas que colaboraram para esta edição de Pirralha dedicada à terrível situação de Gaza. Os desenhos têm, muitas vezes, a capacidade de resumir situações complexas de forma mais eficaz que longos textos escritos. Os traços de lápis nos estimulam a aprofundar a mobilização, para oferecer solidariedade às vítimas da violência, exigir o fim da guerra, e lutar para os direitos inalienáveis do povo palestino“, escreveu o jornalista ítalo-brasileiro Giancarlo Summa que foi diretor de comunicação da ONU no Brasil, México, e África Ocidental, para o prefácio da obra.
A obra encontra-se disponível na versão digital, e para adquirir a edição física, pode ser pedida diretamente com o cartunista Guto Camargo que envia pelo correio.
por Patrícia Visconti


