Depois que Ainda Estou Aqui conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional, o cinema brasileiro ganhou mais força e vigor ao redor do planeta. Mostrando que o país é muito mais do que telenovelas e tem um poder significativo nas narrativas cinematográficas, que apesar de já conhecermos a anos, o mundo finalmente encontrou a essência da sétima arte nacional.

O longa-metragem da vez é o aclamado e bem sucedido O Agente Secreto, do diretor Kléber Mendonça Filho, estrelado por Wagner Moura. O filme vem conquistando diversas plateias em festivais nacionais e internacionais, sem contar nas indicações das premiações mais notórias o cinema.

“Quando a gente vai para fora com esse filme e as pessoas vêem o Brasil, é um bônus, e é maravilhoso isso. Mas, sobretudo, somos nós nos vendo como país“, alegou o ator Wagner Moura em entrevista coletiva à imprensa.

O filme traz um drama histórico que o Brasil enfretou durante a Ditadura Militar, mas numa visão diferenciada, como afirma o diretor, que este visa atingir um público mais jovem, com a premissa de mostrar a veracidade dos fatos, mas empenhadoa empregar tons cômicos e expressivos, para comovê-los junto á trama de maneira autêntica e visceral, tornando a ideia versátil diante ao drama subsequente.

“A democracia e a cultura andam juntos. Desde o momento em que o Brasil voltou a ser um país com tendências democráticas, a cultura veio junto“, afirmou o ator.

O Agente Secreto é uma obra autêntica e honesta em seu desenvolvimento produtivo, que amplia as barreiras entre a cultura e a regionalidade, e seus “multi sotaques” que há presente no filme irão difundir a culturalidade do Brasil, com as referências mais particulares de Kléber, unifica a história a cada personagem, dando equilíbrio e significado a um roteiro holístico.

“Você pode fazer o que quiser no cinema. Mesmo que o filme que você esteja é realista, que realismo é esse? O surrealismo é cinema também. A fronteira entre a realidade e ficção para mim é sempre um tema muito fascinante no cinema“, comentou o diretor.

Uma produção receptiva e comovente que promete envolver o público diante de sua história veraz e perceptível, dividida em atos, transita entre o drama, a ironia e a emoção, entre referências e subjeções, o filme desperta as memórias, a resistência e a brasilidade, sob um suspense inconstante e sua trama incomparável que só Kléber Mendonça Filho poderia explicar.

Durante a entrevista o diretor ainda comentou que o roteiro do filme será publicado em formato encadernado pela Amarcord, selo do Grupo Editorial Record. O livro ainda não tem data para ser lançado, mas em seu conteúdo haverá um material exclusivo que contará com prefácio do diretor e posfácio de Wagner Moura, além de imagens do storyboard e das filmagens do longa-metragem.

O Agente Secreto chega aos cinemas brasileiros dia 06 de novembro, com produção da Vitrine Filmes e CinemaScópio Produções.

por Patrícia Visconti