Aos que cresceram na década de 1990, sabe quão a TV foi um companheiro para a interação das crianças naquela época, porém as brincadeiras fora de casa era plenamente de aventuras e de muita descoberta e diversão, como a vida de Samuel, um garoto de quase 10 anos e um pouco introspectivo, que vivia mais em seu mundinho particular, do que junto com as outras crianças, até na escola ele preferia ficar sozinho.
Um dia seu pai foi buscá-lo no colégio, e o levou para conhecer sua nova namorada, que tinha uma filha, e a rotina deste garoto passou de monótona frente a TV, para aventuras desbravadas em busca de seres e acontecimentos sobrenaturais.
Essa menina é Olívia, ela tinha quase a mesma idade de Samuel, e diferente dele, usava seu tempo para buscando aventuras e investigando fenômenos fantásticos deste e de outros mundos. Uma fã de ficção científica, ela usava esses meios para se sentir mais próximo de seu pai, que desde que casou novamente, já não a visitava com tanta frequência.
E entre essas caçadas aventureiras, uma amizade acabou nascendo entre os dois, e planos foram traçados e as buscas por esses seres acabou os unindo ainda mais, ambos não tinham muitos amigos, mas muitas ideias e aventuras para explorar, desde dragões a encontrar e seres fantásticos que se transformavam em lobos e monstros ferozes.
“Como fazer amigos e enfrentar fantasmas“ traz uma trama envolvente e inerente, que o colocará o leitor para dentro das aventuras destes amigos, de personalidades bem diferentes, mas com almas conexas e singulares, que transformam simples planos e grandes conquistas e acontecimentos, com um enredo impecável de Eric Peleias, que usou de referências pessoais para desenvolver essa história, e artes inigualáveis de Gustavo Borges, que apesar de ter nascido nos anos 90, usou suas experiências ímpares para desenhar e traduzir os sentimentos de amizade e cumplicidade ao quadrinho.
Um projeto autoral e original, com muito bom humor, aventura e simpatia, aonde duas pessoas com gênios distintos, acabam se encontrando e descobrindo um novo mundo para percorrer e descobrir afeições que irão uni-los a cada dia, e fazer com que o garoto tímido e introspectivo descubra um novo prazer para a vida, que é desenhar e criar histórias.
O Barquinho Cultural 