John Hugues é considerado mestre quando o assunto é cinema adolescente. Responsável por clássicos adolescentes como Gatinhas e Gatões (1984) e Curtindo a Vida Adoidado (1986), entre outros. O grande diferencial de sua filmografia vem com o Clube dos Cinco.
O filme de 1985 nos conta a história de cinco adolescentes que são obrigados a passar o dia de sábado na escola para cumprir detenção, e lá terão que escrever uma redação sobre si mesmo. A questão é que esses adolescentes são tipos bem diferentes, o nerd, a patricinha, a esquisita, o atleta e o rebelde.
Ao reunir todos os esteriótipos adolescentes, não só da época mas ao mesmo tempo atuais, o diretor desenrola o filme desconstruindo esses pré julgamentos que são vistos logo nas cenas iniciais, como por exemplo, o certo choque que os jovens expressam ao estarem naquele ambiente de tantas diferenças, lembrando nos a sensação de que aquele dia será longo.
Com o passar do filme os atritos iniciais vão se transformando, até o momento que eles se veem interagindo entre si e descobrindo que eles acabam sendo muito iguais mesmo em meio à tantas diferenças. É nessa desconstrução de esteriótipos que John Hugues trata de temas típicos da idade e certos tabus, e junta essas diferenças.
Fazendo com que os jovens pensem na relação com seus pais ou se irão tornar-se como eles, compartilhem dramas e se divirtam juntos, como também, mostrando o quanto desde a juventude há uma tendência de se preocupar com uma imagem social e como devemos ser se somos parte de um grupo, O Clube dos Cinco se define como um clássico oitentista que ainda pode ser muito atual.
Por Lucas Aaron
Esse filme é perfeito
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