Cyberpunk: Edgerunners é uma produção original da Netflix em parceria com CD Projekt Red, dirigida por Josh Heald e Jon Hurwitz. A trama apresenta o jovem David enfrentando problemas das diversas formas possíveis na cidade de Night City, cujo a repentina morte da mãe faz ele decidir colocar um transplante para melhorar seu corpo e resolver seus problemas financeiros e pessoais.

Tendo como base o jogo lançado em 2020, o anime avança em temas bem sensíveis sem deixar de explorar a história central do personagem David. O jogo quando foi anunciado teve um marketing bastante pesado sobre como iria revolucionar o mercado de jogos, no entanto, a proposta foi completamente obstruída por entregar um jogo repleto de bugs, apesar da bela ambientação e conteúdos explícitos chamativos isso não foi suficiente para levantar as vendas dele.

Apesar disso, o jogo entrega bastante coisa quando o assunto exposição explícita, tudo envolto em um contexto simples e didático para melhor entendimento do jogador, talvez esse seja o diferencial de Cyberpunk, nada de coisas jogadas de maneira gratuita. Na trama do anime é construído um contexto para tanta exposição em cada passo que vai desenrolando a história.

O lugar onde acontece toda a narrativa é uma bela surpresa pela fidelidade de adaptação do conteúdo original, é uma cidade ambientada para conversar de maneira bem cirúrgica com cada aspecto mostrado dentro da história. Os personagens repletos de aparatos tecnológicos devido aos implantes de melhoramento são outro vislumbre pelos detalhes empregado em cada parte modificada.

A trilha sonora altamente trabalhada para conversar com a trama, carrega uma singularidade por convergir com cada cena, vale ressaltar que o som punk é a marca registrada de Cyberpunk. Já as cenas de luta e conflitos envolvendo os personagens principais e secundários são trabalhadas de forma bem didática sobre como cada melhoramento através de implante impacta na força e agilidade do indivíduo.

O roteirista em entrevista recente comentou sobre as dificuldades em adaptar a trama para a Netflix, com temas sobre violência, drogas e sexo, mas afirmou que apesar de toda limitação estabelecida pelos temas considerados sensiveis, a produção conseguiu extrair e produzir um conteúdo de alto nivel, trazendo fidelidade com a obra original para impactar de maneira possitiva os amantes dos jogos e capatar novos adamiradores do universo de Night City.

O anime tem rendido bons resultados nos sites de opiniões responsáveis por nivelar o gosto popular sobre produções inéditas, as notas variam de 7 a 9, e as críticas são na maioria bastante positivas em relação a forma como foi adaptada o anime da obra original. No IMDB a nota consta com 8.6, uma nota bastante expressiva, no site Rotten Tomatoes a nota chegou a 100% de aprovação, mostrando mais uma vez a perfeição e acerto da Netflix em apostar na história.

Apesar do sucesso de críticas, ainda não há informações sobre uma possível segunda temporada, é provável que primeiro haja uma análise da plataforma de streaming sobre a receptividade do material, assim como, as avaliações sobre o conteúdo e o engajamento em menções do material nas redes sociais, tal como, a performance dentro da plataforma para depois anunciar a continuação do universo.

por Daniel Guimaraes