O livro Rota 66: A história da polícia que mata, foi lançado em 1992, pelo jornalista Caco Barcellos, e conta com plena intensidade o drama de uma polícia horrenda e cruel, que chega para matar e dizimar periféricos, julgando-os como bandidos e marginais.
Essa ação mortífera trata-se da unidade especialida da Polícia Militar, Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), que envolve o “Caso da Rota 66“, a partir do ponto em que ele atiram para matar, criando um elo eminente de dor e dilaceração aos crimes mais hediondos realizados pela polícia.
O livro ganhou tanta repercussão na época, que em 1993, ganhou o Prêmio Jabuti na categoria “Reportagem“, por sua precisão nos detalhes e sutileza em traduzir uma drama monstruoso em uma obra perspicaz, que mostra os dois lados da história nas ações violentas da polícia militar de São Paulo.
Baseado no livro de Caco Barcellos, a plataforma de streaming Globoplay em parceria com a produtora Boutique Filmes, lançou a série Rota 66: A Polícia Que Mata, que envolve esse drama policial, em uma adaptação feita por Maria Camargo e Teodoro Poppovic, dirigido por Philippe Barcinski e Diego Martins.
A trama mostra a vida de um jornalista recém chegado à São Paulo que decide reportar sobre a violência policial ocorrente na capital, e entre investigações e descobertas, ele desvenda algo muito pior em relação a situação nas periferias, remetendo as atrocidades contra a população mais pobre, carente de proteção, mas julgada por quaisquer ação. E envolto de entrevistas, o jornalista pode entender os preconceitos e discriminação que decorre à Rota 66 nas ruas cidade, denunciando arduamente a angústia vivida pelos moradores da periferia de São Paulo.
A série disponível no Globoplay, protagonizada por Humberto Carrão, como o jornalista Barcellos, que ainda conta com Lara Tremouroux, Aílton Graça, Naruna Costa, Wesley Guimarães, Rômulo Braga, Juan Queiroz e Adriano Garib no elenco.
O Barquinho Cultural 