Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal estreou em Julho de 2019. O filme dirigido por Joe Berlinger tem 1 hora e 50 minutos, e em seu elenco aparecem nomes conhecidos como Zac Efron, Lily Collins e Kaya Scodelario. O roteiro foi adaptado do livro “ The Phantom Prince: My life with Ted Bundy” de Elizabeth Kendall.

Para aqueles que não sabem, Ted Bundy foi um serial killer americano condenado à morte pela morte de 36 mulheres entre 1974 e 1978, mesmo que se acredite que o número real de vítimas seja bem maior. Bundy foi executado em 1989.  O filme mostra o desenvolvimento de Ted Bundy pelo olhar de sua namorada, Liz Kendall. A trama conta como se conheceram, o decorrer do relacionamento deles, as desculpas que Bundy dava para explicar as prisões, acusações e afins, e como foi quando ele finalmente foi preso e acusado de todas as mortes.

O longa tem um ótimo aspecto documental, diversas cenas e falas de Bundy no filme são exatamente iguais ao que aconteceu na vida real. No entanto, em determinados pontos, fica difícil lembrar que o personagem representado é um grande assassino responsável por crimes horrendos, alguns momentos focam tanto em suas características de defesa própria e deixa tão de lado a imagem das vítimas, que o espectador fica confuso com qual a imagem que se procura passar.

É interessante perceber, também, que a história não ocorreu de maneira idêntica ao filme. O relacionamento amoroso do casal que aparece no filme na verdade contou com episódios de abusos por parte de Bundy, os episódios são relatados na biografia de sua ex mulher. A menção ao livro Papillon é puramente poética, o livro nunca foi citado por Elizabeth.

Além disso, no filme Liz tem poucas evidências de que Ted poderia ser o assassino, na realidade Elizabeth tinha muitas provas como calcinhas e chaves. E, por fim, a confissão de Ted para Liz nunca aconteceu, assim como a confissão oficial não ocorreu como no filme, mas sim durante anos após seu julgamento. O longa está disponível no serviço de streaming da Netflix.

 

Nota: ⭐⭐⭐⭐

Por Gisele Augusto