A cor é a forma mais alegre e divertida, para quem vive em uma cidade cheia de cinza, tristeza e o ódio, que atualmente vem se impregnando a cada dia, mas graças aos artistas visuais, podemos colocar cores pela metrópole de São Paulo, como nas escolas, não só para entreter os alunos, mas também mostrar cultura, e onde muitos podem ver algo insignante, outros verão como peça fundamental para uma sociedade com amor, inteligência e muita sabedoria, pois só a cultura, junto com a educação, pode mudar uma nação, e é disso que estamos precisando agora.
Por isso diversos coletivos estão se apropriando de espaço, tempo, escolas, muros, ruas, territórios, cidades e países, ocupando a cada mente, brecha, para deixar marcas de existência que resiste ao tempo, às dificuldades, a tudo que teima em negar, este é o instrumento para a construção de projeção social e que precisa estar escancarado em cada olhar, feito e expressão, por todos os cantos da cidade de São Paulo, mostrando que a arte é o fator para todos os paulistanos e paulistas.
Como os artistas TUWILÊ e HÉU, que irão transformar o imenso paredão da escola, EMEF Prof. Enzo Antonio Silvestrin, em uma obra de arte, num mural produzido pelos artistas.
As obras serão graffittis de lutas e resistências, em que já existe na narrativa da escola, mas também da própria existência do muro como simbologia poderosa para materializar o que acreditamos.
O painel terão dois elementos de destaque com referência do filme Pantera Negra, da Marvel Studios, lançado em 2018. Em um dos elementos é uma pantera retratando a força e a beleza dos múltiplos povos e culturas existentes no continente Africano, esse significado é uma das características, as quais entendemos que são necessárias para ocupar o interior do território da escola e assim, os estudantes enxerguem esse espaço como um lugar seguro na busca de elementos para lutarem com força e beleza contra os desafios existentes em suas trajetórias.
Outro elemento de significado é a presença de uma criança usando a máscara de do super herói Pantera Negra e, também, fazendo a saudação de “Wakanda”, em que eles escolheram um estudante da escola para fazer parte deste painel, como forma de referenciar as potências existentes em cada estudante que ocupa a escola e a partir da simbologia da trama do quadrinho, e dialogar com todes que passarem pelo mural, como se estivesse a dizer: “A arte está dentro de você”.
Por fim, a arte vai mostrar uma grande importância para trazer uma outra história sobre o continente africano, mostrando, um espaço escolar que podem desconstruir os diversos estereótipos com a arte do cinema. Com o graffiti, o coletivo mostrará uma forma de proposição de inúmeras narrativas possíveis para o espaço da escola.
O coletivo vai juntar toda a comunidade de Parada de Taipas, Noroeste da Capital de São Paulo, para contribuir à arte e deixar seu recado, para que o voz do povo seja ouvida a uma distância inimaginável, e para que assim os gritos se ecoem pela cidade, e seja contemplado em todo território, propagando
e preservando o patrimônio cultural.
Afinal, chega um ponto que temos que gritar e estampar poderosamente para que todos saibam: EXISTIMOS, RESISTIMOS, SOMOS, NÃO ABRIMOS MÃO DA NOSSA LUTA E VAMOS OCUPAR!
Quem quiser colaborar para o projeto “Grafias de (re)existências escolares”, em um painel de 300m² na periferia paulistana, clique no link abaixo:
heu.graffiti@gmail.com
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