Às vezes o Silêncio pode nos dizer muito mais do que uma multidão gritando com as vozes ecoando para todos os lados, sem significado ou relevância de agregar algo prazeroso e envolvente para nossa jornada de vida da qual estamos buscando e visando a própria transformação.
Ainda, há àqueles que vem em forma de metáforas caladas, mas que nos faz refletir e sentir a essência primordial dos significados da nossa existência, trazendo algo forte e influente que vem do fundo do nosso âmago e nos bandeiam ao inevitável nesta rota complexa e paradoxal da qual chamamos de vida.
São reflexões assim, que o autor paulistano Alexandre Rampazo trouxe em sua obra Silêncio, lançado em julho de 2022 pelo selo Rocquinho, integrada a Editora Rocco. Em um livro permeado de sensibilidade, emoções e curiosidade, uma jovem moça que vive no Ártico revisita momentos que marcaram sua infância, e fazem com que ela recorde de ensinamentos e situações sutis e precisos dos quais aprendeu com seu avô.
Entre essas histórias, relembra a metáfora da lagarta, que vive anos vivendo a mesma vida, para finalmente em um dia de primavera, criar asas e virar uma encantadora borboleta, carregando a árdua jornada de sua simples e imperceptível vida, até o momento em que ela finaliza e finalmente conclui seu processo, em colorir na natureza com suas belas asas.
O livro mostra com plena delicadeza situações que muitos acham incabíveis para suceder, mas que são passos primordiais para entender quão o processo de importante serão para a transformação e amadurecimento, visando de maneira lúdica e lírica as profundas descobertas envolvidas ao longo deste momento cansativo e oculto, que muitos só dão valor quando as asas evidenciam para mundo, mas esquecem do caminho percorrido até a metamorfose vital.
Silêncio foi escrito e desenhado pelo próprio Alexandre, que já é um experiente nas artes e na literatura, sendo um dos finalistas de um dos prêmios literários mais importantes, como a Lista de Honra do IBBY 2022, o Prêmio Jabuti, o Prêmio Fundación Cuatrogatos, o Troféu Monteiro Lobato da Prêmio Biblioteca Nacional, entre outros. O autor ainda foi selecionado para a 26ª Bienal FNLIJ de Bratislava e teve suas obras escolhidas para o catálogo da Seleção IBBY/FNLIJ da Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha. O autor ainda escreveu e ilustrou A Cor de Coraline, uma das obras finalistas do Prêmio Jabuti 2018.
Formado em Design, Rampazo já atuou como diretor de arte, mas foi na literatura que ele se encontrou como autor de livros ilustrados e artista gráfico. Ao todo ele já possuí 19 obras publicadas, lançados no Brasil, América Latina e Europa, sempre com total sutileza e precisão nos detalhes, que permeiam ao longo de suas histórias reflexivas, emocionantes e cativantes, que mobilizam não apenas os pequenos leitores, mas toda a família.
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