Foto por: Gustavo Diakov
O rapper Yannick Hara talvez seja um dos artistas mais completos e politizados da atualidade, com seus hits precisos e envolvente, o músico busca se inspirar fatos e acontecimentos rotineiros, que somam em canções que trazem reflexão e singularidade para a sociedade, com rimas harmoniosas condensadas sob letras combinadas.
Em 2021, o rapper lançou o projeto Terra em Transe – Volume 1 Brasilis, inspirado no longa do cineasta, Glauber Rocha, de 1967, aonde Yannick usou elementos significativos sobre a obra do filme, com uma sonoridade peculiar e que fala com precisão e objetividade aos assuntos mais aliciantes do momento.
Agora, o músico adentra novamente neste universo do cineasta em seu segundo compacto, em Terra em Transe – Volume 2 Politiki, tocando ainda mais na ferida política e social, de uma comunidade doente, polarizada e preconceituosa, que visa enaltecer uma burguesia horrenda que só visa a si própria, enquanto o povo passa fome, dorme nas ruas e vive achincalhado, jogado ao léu, sem esperanças e oportunidades verídicas para sonhar com honra e dignidade, apontando diretamente contra o sistema extremista e infame que deprecia da originalidade, enquanto bajula a mediocridade.
O projeto Terra em Transe nasceu após uma conversa informal do rapper com o filho do cineasta Glauber Rocha, o escritor e diretor Pedro Paulo Rocha, que fez com que Yannick despertasse e visasse seu som para a posteridade, criando canções reflexivas e envolvente para a sociedade, colocando em ação a criatividade e o nascimento de um projeto engajado, que trouxe de volta o músico a sua essência inerente em pautar contextos caraterísticos indo na contra mão do extremismo hipócrita e tenebroso que permeia na sociedade atual, dando um recomeço na carreira do rapper.
O álbum encontra-se disponível nas plataformas digitais de música, e traz parcerias icônicas da música nacional, como MAX B.O. e Tatá Aeroplano.
O Barquinho Cultural 