A saga dos guerreiros Z continua agora como o novo filme de codinome “SuperHero“, ambientando uma história pé no chão dando o protagonismo para personagens menos destacados em outras produções da saga de Dragon Ball. O filme é dirigido por Tetsuro Kodama, produção do estúdio Toei e distribuído pela plataforma de streaming da Crunchyroll, a produção estreou no Brasil no dia 18 de agosto.
A sinopse do filme diz sobre a organização Red Ribbon ter sido novamente criada sob o comando de Magenta, com a missão de criar novos androides para enfrentar seus inimigos, para isso eles resolvem recrutar e financiar o brilhante Dr: Hédo, o cientista cria dois andróides com senso de justiça de herói, Gamma 1 e Gamma 2.
Enquanto isso, Goku e Vegeta estão fora da Terra treinando no planeta de Whis para controlar seu instinto natural. Piccolo enfrenta um dos andróides e após a batalha segue o android até a base do exército inimigo, e descobre o terrível plano de vingança da organização contra os guerreiros Z.
O filme traz a essência de uma velha parceria mostrada lá no início da saga de Dragon Ball, quando Piccolo treinou Gohan. Em Super Hero, é mostrado o mestre ensinando sua nova pupila, Pan, filha de Gohan. Aqui os grandes protagonistas da saga são deixados de lado para focar em outros personagens pouco explorados dentro da franquia.
A abordagem diferente do filme anterior denota uma possível tentativa da produção de barganha um novo público, já que não há uma explicação lógica para a troca do 2D usado de forma linda em Dragon Ball Super: Broly, lançado em 2018, para o 3D de Dragon Ball Super: Superhero, lançado em 2022, aqui o tratamento é feito de forma competente perdendo um pouco do brilho de uma animação clássica trabalhada no 2D.
Contudo, a história ganha uma nova e linda abordagem ao apresentar uma versão mais carismática do personagem Piccolo, tal como foi durante a saga Z, onde ele treinava o pequeno Gohan. Aqui ele se encarrega de cuidar e treinar a Pan, e isso é extremamente bacana de ver pela forma carinhosa e cuidadosa dele em relação ao cuidado por ela.
Outro acerto do longa está na rápida mas marcante maneira de apresentar uma linha onde os personagens já estão crescidos, é o caso dos herdeiros dos principais da franquia, o filme apresenta e introduz Goten e Trunks já adolescente, uma versão muito esperada pelos fãs da franquia, já que na linha cronológica e últimas adaptações para anime e longa eles sempre são retratados como crianças num loop infinito.
A trilha sonora não apresenta nada inovador que possa ser destaque durante a duração do filme, o destaque fica por conta do humor bem escrachado e até apelativo em algumas ocasiões. Isso não é um problema dentro do universo que usa e abusa do cômico como forma de alívio para momentos de tensão durante grandes sagas da franquia.
No total, Dragon Ball Super: Super Hero, parece um teste de audiência para ver como anda a popularidade do obra, visto que o filme não traz uma história extremamente empolgante para estrear no cinema, até mesmo como filme lançado em streaming ele é fraco, funcionária perfeito caso fosse lançado dentro de uma saga adaptada para anime. Não é ruim, mas a história construída não é divertida ou grande como deveria ser para um filme da franquia mais rentável dos últimos tempos.
A única coisa que salva a produção é ver a saga de mestre e pupilo sendo explorada novamente dentro do universo de Dragon Ball, ver o Piccolo como protagonista tentar levantar o Gohan para torná-lo um guerreiro forte como foi no passado é sensacional.
Por fim, Dragon Ball Super: SuperHero, tem uma conexão bem construída mas desperdiça os personagens dentro de uma trama pouco atrativa.
por Daniel Guimaraes