A leitura é um hábito que incentiva e estimula a criatividade, imaginação e linguística de cada indivíduo, trazendo distintos benefícios para o desenvolvimento social e emocional, e isso faz com que as pessoas observem e aprendam a interpretar as relações apresentadas ao longo de sua rotina e também, da sua vida, dando discernimento para desenvolver melhor a forma de como se expressar e decifrar cada situação.
Porém, esse hábito tem se tornado cada vez menos comum na sociedade, ainda mais com os avanços exacerbados da tecnologia, e ainda há as velhas desculpas pela falta de tempo e a correria do dia a dia, são ainda mais comuns, fazendo com que as pessoas passem mais horas sob a tela dos aparelhos celulares navegando pelas redes sociais, e nem um minuto com um livro nas mãos.
E essa conjuntura reflete diretamente na educação das crianças, em que muitos pais não sabem como tornar esse hábito como rotina, já que não são exemplos de leitores, mas ainda assim, cobram de seus filhos sem dar embasamento algum de um desenvolvimento literário e cultural, assegurando apenas da escola sobre esse papel, e que hoje em dia, pouco percebe essa veemência pela leitura.
Como disse o cartunista e ilustrador Bira Dantas, que “que crescer numa casa em que as pessoas têm o hábito de ler influência de forma fundamental o gosto geral pela leitura. É preparar um terreno para o cultivo. Mas os professores são fundamentais para consolidar isso“.
Mas como dito acima, esse não é um trabalho apenas da família, mas também da sociedade, que precisa encontrar meios para envolver a comunidade neste ao meio literário, com ações assertivas e afirmativas para a concepção de leitores fiéis, através de fomentos que estimulem ainda mais os autores a influenciarem e engajarem os legentes.
Além é claro, da qualidade no núcleo escolar, proporcionando assim atividades que promova e estimule dinamismo e anseio em mergulhar neste mundo novo, criando um elo entre a sala de aula e suas próprias casas, em um âmbito propício e envolvedor à leitura e ao pensamento crítico e analítico, como “incluir em nossas leituras artistas locais, incluir mais autores mulheres, negros e buscar representatividade e diversidade no que lemos“, completa a escritora e pesquisadora Carol Sakura.
A escola tem de ser uma base de apoio a formação desses leitores, já que para muitos é um dos primeiros contatos com a literatura seja ela qual gênero for, mas o meio familiar tem de induzir e estimular para que um complete o outro, tornando cidadãos mais perspicazes e comprometidos a levar e introduzir essa arte em seu convívio social.
“O maior incentivo, para mim, está nos pais que dão o exemplo da leitura para os filhos e compartilham com eles este hábito“, afirma o professor e quadrinista Danilo Aroeira, que completa dizendo que “quando isso acontece, a escola tende a reforçar o gosto pela leitura“.
Essa conexão pode trazer um princípio fundamental para um diálogo ainda mais aberto entre pais, filhos e professores, em um elo inerente através dos livros e das histórias reproduzidas neles.
“Tentando oferecer o mesmo acolhimento e tempo afetivo ao ler com os alunos, narrando às histórias, comentando, perguntando sobre o que está sendo lido. Acredito que o importante é criar uma ligação de afeto e compartilhamento da experiência da leitura”, consigna a jornalista e cartunista Ciça sobre a receptividade nesta união de incentivo e estímulo, fazendo com que “o livro deve sempre ser ligado a um sentimento prazeroso, seja no grupo ou na leitura individual“, conclui jornalista.
Lembrando que uma sociedade de leitores só enriquece não apenas a cultura de um país, mas também o desenvolvimento social e econômico, fazendo com que os investimentos sejam palatáveis e aprazíveis, construindo uma sociedade mais crítica e aprofundada, dando vazão para debates mais profundos e desenlaces oriundos.