‘Entre as Chamas, Sob a Água’ mostra uma intensa jornada entre a guerra e o amor

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A Guerra de Canudos foi um conflito civil em que duas partes distintas brigava para ocupar um mesmo espaço, de um lado comunidade sócio-religiosa liderada por Antônio Conselheiro, do outro o Exército Brasileiro e os fazendeiros e o clero local, querendo que o bando de Conselheiro saísse de suas terras e hesitavam que atacar as cidades e depor contra o governo republicano, para reinstalar a Monarquia.

Uma guerra sangrenta, de conflitos intensos e destrutivos, em que rendeu o massacre de mais e 20 mil sertanejos e tantos milhares de militares, além da destruição total em Canudos, deixando homens, mulheres e crianças devastadas e esquecidas, pairando sobre o caos e assolou o sertão em um flagelo de devastador social e econômico.

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E baseado neste drama real, sucedido no Brasil do final da década de 1890, o autor R. Colini, lembra com um pouco mais de romantismo e emoção, essa tragédia eminente que não deve ser esquecida, em seu novo livro Entre as Chamas, Sob a Água, lançado pela Editora Labrador.

Em uma trama impactante conectar o leitor a envolver sobre a brutalidade da Guerra de Canudos e a sobrevivência de esperança imposta pelo amor de um jovem soldado e uma paixão veemente e fugaz por Auxiliadora, o que acaba rebatendo sua missão, e o convívio confinante entre com os jagunços faz com que ele conheça os dois lado e o aproxime de maneira dramática e profunda.

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Afinal de contas, ainda que Canudos acabe sem que eu morra, mesmo se eu não tivesse vivido entre os dois lados da guerra, sinto que minha vontade de fuga não é vontade de regresso, porque não gostaria de ver mais ninguém, não gostaria de encontrar meu pai, que saberia, no momento em que chegasse, que eu estaria destituído de ilusões e que o filho que partiu não é o mesmo que retorna. Não é vergonha, não é culpa, não é arrependimento; é ausência devontade de estar entre humanos,é a alma que se foi, farta do que viu. – (Entre as Chamas, Sob a Água, p. 52)

Entre as Chamas, Sob a Água é uma obra visceral, que introduz a existência inexplorada do ser humana, trazendo a compaixão e cumplicidade erradicada, diante a uma guerra de dor, crueldade e aversão, interpretado de forma condizente a uma história atroz deste batalha tão insigne para o país, aonde Colini apresenta com pleno vigor do quão vidas foram apagadas, assim como sonhos e amores que submergiram em Canudos.

por Patrícia Visconti

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