‘Quatro Eids e um funeral’ – Um romance comovente e significativo, que promete envolver e divertir os leitores mais insistentes

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Memórias, cultura e raízes são algo primordial para a relação social de uma pessoa, em que ela constrói sua essência e singularidades pessoais, diante ao ambiente em que ela vive, moldando não apenas seu caráter, mas também sua personalidade com indíviduo, e as pessoas ao redor são fundamentais para que esse elo seja autêntico e visceral, tendo consigo as respostas e apoios mais oportunos para mostrar sua história e origens na sociedade.

Assim como a história de Tiwa Olatunji e Said Hossain, que quando mais novos eram muito próximos, melhores amigos, mas com o tempo eles foram se afastando, e contrariedades fizeram com que eles mal se suportem, ainda mais depois de Said se mudar para um colégio interno “chique”, que fez com que ele deixasse suas raízes de lado. Mas, o destino fará com que eles se reencontre e difunde novamente a essência islâmica entre Tiwa e Said, e reconstrua o islam na sociedade, ainda mais com as proximidades do Eid, que marca o fim do Ramadã no calendário muçulmano.

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O reencontro vai suceder no funeral da querida bibliotecária sra. Barnes, do qual eles tinham muito apreço e sentimento, mas nada será fácil, e foram de tudo para evitar o contato, o que será uma tarefa quase impossível. Além do mais, um incêndio que antigiu o centro islâmico da cidade e ameaça as festividades do Eid, o que pode significar o reencontro de Tiwa com seu pai, o que trazer um força decisiva para salvar a Mesquita, que é muito mais do que um centro recreativo, mas um lugar para manter a cultura de seu povo vivo.

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A comédia romântico Quatro Eids e um funeral, das autoras Faridah Àbíké-Íyímídé e Adiba Jaigirdar, traz e, sua trama um drama eloquente, decisões significativas, amizades reconstruídas e tradições recuperadas, em que amores são desabrochados diante as reviravoltas que a narrativa traz, explicando a relação intensa que os amigos tiveram ao passar dos anos. Sem contar no instinto decisivo em se aceitar como é, com suas ímpetos e objeções, em uma conexão inerente de luta, salvação e cuidados, em um restauro eminente de ver os dois amigos juntos novamente.

O livro foi lançado em junho de 2024, mas no Brasil chegou em março de 2025 pela Plataforma21, com a premissa despretensiosa em uma escrita divertida e sagaz, para alertar do racismo, islamofobia e preconceitos, em uma reflexão relevante sobre morte, recomeços, elos familiares, amadurecimento e o poder da amizade, trazendo o debate sobre decisões e expectativas dos próprios sonhos e cumprimentos.

por Patrícia Visconti

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