Tina Turner – Uma verdadeira heroína que trilhou fervorosamente cada passo de seu sucesso

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Na quarta-feira, dia 24 de maio de 2023, a música mundial perdeu uma grande referência do Rock and Roll, com a perda lastimável de Anna Mae Bullock, ou simples Tina Turner, que faleceu deixando um legado imensurável e uma carreira de lutas, batalhas e conquistas, ao longo de seus 83 anos de vida.

Tina começou cantar muito cedo, aos 11 anos, fazia parte do coral da igreja em que seu pai era diácomo, em St. Louis, Missouri, porém, sua trajetória até seu estrelato e reconhecimento foi árduo e intenso, pois ela trilhou cada passo, para ganhar sua notoriedade e enfrentou diferentes angústias para tomar posse de seu próprio talento.

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Foi abusada, usada e desprezada, até mesmo por seus pais, que em sua autobiografia, a própria cantora declarou de que eles não a amavam, e não haviam planejado tê-la. “Ela era jovem, muito jovem, e não queria uma outra criança“, declarou a artista.

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Seu ingresso na cena musical veio no final da década de 1950, quando Tina e a sua irmã mais velha Alline começaram a frequentar bares e clubes noturnos em St. Lous, onde a irmã trabalhava como garçonete, foi então que um jovem rapaz a imrpessionou por seu talento, era Ike Turner, que futuramente viria ser seu parceiro de banda e de vida também.

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Em uma noite, durante o intervalo do show, Tina pegou o microfone e soltou sua voz, deixando todos os presentes impressionados, e fazendo com que ela fazesse parte da banda de Ike, tornando-o seu mentor musical e projetando a jovem cantora ao estrelato.

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No começo a chamavam de “Little Ann”, devido a sua estatura pequenae delgada, apenas na década e 1960, Ike a nomeou como Tina, em referência as personagens Sheena, Rainha da Selva e Nyoka, a Garota da Selva, para criar sua personagem de palco.

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Ao lançar o primeiro single da dupla, Fool in Love, conquistou plateias por seu som imersivo e energético, atingindo a 20ª posição na Billboard Hot 100, sendo pertinente para projetar ainda mais a carreira de Ike e Tina, tornando-o hits a cada lançamento, indicações ao Grammy Awards canções notáveis,sendo considerados a dupla mais popular dos Estados Unidos, com suas referências eminentes ao Rock and Roll, R&B, soul e blues, o sucesso era inevitável e estavam conquistando o mundo, sendo convidados para abrir os shows dos The Rolling Stones.

A década de 1960 foi o grande ápice para a dupla, com singles emplancados nas posições mais altas as paradas musicais, prêmios e apresentações memoráveis que o projetavam ainda mais ao estrelato musical, marcando uma nova faceta em suas carreiras, com milhões de cópias vendidas e o sucesso internacional era incontestável.

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Apesar de sua carreira musical estar em evidência, sua vida pessoal não andava muito bem, já que o vício em cocaína de Ike começou a prejudicar o relacionamento não apenas deles como casal, mas também como banda, e mesmo os contratos surgindo s brigas eram constantes, o que a fez fugir de uma performances fariam no Dallas Statler Hilton, acabando no divórcio no final daquele mês, sendo concretizado apenas em 1978.

Mas este não foi o fim, e sim apenas o começo de seu brilho solo, de uma carreira extraordinária que nascia a partir daquele momento em que a banda de Ike e Tina não existia mais, com o lançamento de seu primeiro álbum solo Tina Turns the Country On, um projeto que contou com covers de diversos artistas, como Kris Kristofferson, Bob Dylan, Olivia Newton-John, James Taylor e Dolly Parton, que rendeu a Tina a indicação ao Grammy de Melhor Performance Vocal Feminina de R&B. O sucesso desde então, foi duradouro e imenso, com apresentações surpreedentes, colaborações em programas de TV e cinema, e partipações icônicas, com artistas como Michael Jackson, Lionel Richie e Bryan Adams.

Os anos 90 foi a consolidação desse sucesso, condecorada com certificados, diferentes indicações e muitos prêmios, conquistando ate seu espaço no Rock and Roll Hall of Fame, e uma projeção evidente de sua carreira internacional. Já que em 1995, ela se muda para Suíça e consolida sua carreira em território europeu e sendo hit por todo o continente.

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No final da década, ela se juntou a Cher, Whitney Houston, Mary J. Blige e o cantor Elton John, para participar do especial da VH-1, Divas Live ’99, e neste mesmo ano, ela lançou seu último álbum de estúdio, Twenty Four Seven, que mesmo não atingindo os números objetivados pela gravadora, mas foi um sucesso imensurável entre o público.

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Os anos 2000 foi sua recompensa e as homenagens, com o lançamento do álbum de coletânea de seus maiores sucessos, All the Best, que vendeu mais de um milhão de cópias nos Estados Unidos, em 2004, homenagem no Kennedy Center Honors, onde várias cantoras se apresentaram para celebrar a carreira e o talento de Tina, entre elas as cantoras Melissa Etheridge, Queen Latifah, Beyoncé e a apesentadora Oprah Winfrey, que comentou orgulhosa sobre a artista, dizendo;”Nós não precisamos de um outro herói. Nós precisamos de heroínas como você, Tina. Você me fez ter orgulho de soletrar a palavra M-U-L-H-E-R“.

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No ano de 2007, ela voltou aos palcos, depois de quase uma década seu se apresentar ao vivo, sendo em um show beneficente para a Cauldwell’s Children Charity, em Londres, odne ela regravou a canção Edith and the Kingpin para o álbum de tributo, River: The Joni Lettets, do pianista Herbie Hancock, e também gravou com a cantora Elisa na faixa Teach Me Again para a trilha sonora do filme All the Invisible Children.

No ano seguinte, ela performar ao lado de Beyoncé no Grammy Awards, dando início à sua turnê Tina!: 50th Anniversary Tour e seu novo projeto autoral, uma compilação e um DVD ao vivo, Tina Live. Em 2013, ela posa para a capa da Vogue e mostra sua força e veemência como artista e mulher, consolidando sua notoriedade e significância para a cena da música mundial, e neste ano ela se naturaliza suíça, oficializando seu segundo casamento com o produtor e empresário alemão Erwin Bach.

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No ano de 2018, a artista lançou sua autobiografia, intitulada Tina Turner – Minha história de amor, contando sobre sua vida desde a infância em Nutbush, Tennessee, a ascensão à fama ao lado de Ike, o sucesso surpreendente na década de 1980, com sua carreira solo, com detalhes abertos de sua trajetória, dos momentos felizes, mas também dos mais sombrios de sua vida, em uma obra significativa e inspiradora, de alguém de lutou por todas as barreiras impostas em seu caminho, conquistando seu sucesso, em uma mistura de força, energia, coração e alma, marcas categóricas de Tina.

por Patrícia Visconti

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