
Estava pensando com meus botões, sobre artistas tão bons estarem escondidos em bares suburbanos, e pessoas sem talento algum, ganhando êxito e glamour, perante aos holofotes, e desde que zapeando pelo Facebook encontro um banner que dizia a respeito do tamanho da platéia em relação ao amor e trabalho que o artista quer mostrar ao seu público.
Então, pensei…
Por quê há tantos obreiros da arte oblíquos, tentando e lutando pelo seu espaço ao Sol, enquanto àqueles que apenas visam a fama e grana, estão sendo bajulados por uma mídia hipócrita que apenas vangloria o que aliena, e não o que propaga a cultura?
Atores, músicos, artistas plásticos, fotógrafos, poetas, escritores, entre outras várias facetas da arte que estão sobre becos e ruelas, apenas esperando uma oportunidade, que na maioria das vezes é ofertado por quem nem mesmo contribuí com dinheiro, mas com a divulgação e aplausos, que para os artistas de verdade são mais que válidos, pois enquanto houver uma pessoa para conferir sua arte, eles estarão fazendo seu melhor, diferente de outros aí, que só se importam com quantidade e não qualidade do público presente.
Tanto que, podemos observar diversos artistas de renome abandonando este vínculo de quantidade, imposto pelas produtoras e gravadoras, se tornando independentes e propagando sua arte destinada para aqueles que mais importam à eles, seus fãs. Desvinculando desta grande roda mafiosa que apenas quem ganha são os grandes, e a arte é omitida em forma de marketing exacerbado.
Temos que parar e pensar que artistas de verdade não anseiam apenas do ter, mas sim em compartilhar e difundir sua obra aos quatro cantos do mundo, sem importar com quantidade, mas sim pela qualidade do coletivo a prestigiar a sua arte, multiplicando e ampliando seu ofício à multidões.
Todavia, essa é uma realidade de poucos, e de bons artistas, que se desvinculam dessa indústria fonográfica conceitual, para fazer a seu próprio trabalho, com os intuitos idealizados desde quando começaram, e não maquiados por uma destreza ferrenha e cruel, que idolatra e renega seus ídolos em questão de segundos, levando-os do Sol as trevas, e o transformando em apenas um nada.
Por: Patrícia Visconti