“Eu, Vilão” traz um embate social entre o bem e mal

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O que dizer da nova graphic novel, de Walter Junior, “Eu, Vilão“… Uma obra tensa, reflexiva e bastante complexa, pois ao mesmo tempo que você acha que sabe quem é o mal, ele pode estar interpretado de outra maneira, mostrando que todos tem dois lados, o bem e o mal caminham juntos dentro de cada um de nós, e é isso que a HQ tenta transmitir aos leitores, os conflitos pessoais e sociais peculiares.

Além de mostrar verdadeira amizade entre as pessoas, que mesmo a distância ou os percalços da vida, ela permanecerá, mesmo os pesares que tentam nos empurrar ou rotular, para que nos moldamos numa forma distinta da nossa essência.

Uma narrativa que traz a voz da minoria, enquanto os poderosos lá em cima ganham fama as custas da ignorância alheia, tentando empurrar ideais e ideias medíocres dentro de nossas cabeças, como uma vida fútil e frívola como se fosse substancial, porém ao nossa redor está a verdade, interpretada em forma de violência e insciência.

“Eu, Vilão” traz uma história cheia de revira-voltas, com traços firmes, cores obscuras e artes incríveis, fazendo um molde para um roteiro excepcional ao longa das 85 páginas que apresenta a graphic novel. Além de páginas extras mostrando um pouco dos desfechos suprimidos na narrativa.

Uma leitura para um público maduro, que curte variações inerentes no decorrer do desenvolvimento, trazendo claramente o lado do bem e do mal, com nuances discrepantes a cada página percorrida.

Por Patrícia Visconti

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