A autora norte-americana Holly George-Warren, indicada duas vezes ao Grammy Awards e premiada de 16 livros, entre eles duas biografias: A Man Called Destruction: The Life and Music of Alex Chilton e Public Cowboy #1: The Life and Times of Gene Autry, além do best-seller do New York Times: A Estrada para Woodstock (com Michael Lang), acaba de lançar uma biografia em celebração aos 80 anos da rockstar Janis Joplin, relembrando a carreira da cantora, que foi símbolo de independência feminina, cuja a importância que foi para o cenário musical internacional.
A biografia – “Janis Joplin: Sua Vida, Sua Música”, lançado pela Editora Seoman, a jornalista mostrou a estrela por trás da figura mítica, em sua vida carregada de transgressões, quebras de paradigmas, frustrações amorosas e dissabores familiares, relatando a vida pessoal da cantora. Sendo como uma mulher rebelde, dona de grande astúcia e personalidade complexa, que rompeu regras e desafiou todas as convenções de gênero em sua época, abrindo caminho para as mulheres poderem extravasar suas dores e revolta no cenário artístico sem serem tão oprimidas pelo universo machista existente no meio musical.
A obra também comemora os 50 anos da morte de Janis, mas principalmente aos 80 anos na qual ela faria nesta quinta-feira, 19 de janeiro. Um livro bastante celebrado pela mídia nos Estados Unidos, como The New York Times e The Washington Post, entre outros, revelando de forma uma forma definitiva, a “verdadeira Janis Joplin”, sendo bastante elogiado pelo site oficial da cantora.
A cantora que ganhou notoriedade no rock mundial, por transitar por diversos ritmos, como blues, soul e o folk-rock, em sua carreira solo, ela teve pouco anos de êxito, mas mesmo assim foi capaz de notabilizar canções como “Mercedes Benz”, “Get It While You Can” e “Me and Bobby McGee”. Mas, o que chamava mais atenção em sua sonoriedade era sua erudição, empenho e talento combinados não transformaram a cantora no símbolo que representa.
Joplin expunha seus medos e convicções sobre temas como sexualidade e a psicodelia, ela era responsável por dar fim à tônica de opressão e machismo que pairava no mundo naquela época, influenciando diversas artistas vivenciaram a luta de Janis contra o sexíssimo do mundo do rock, entre elas, Patti Smith, Debbie Harry (Blondie), Cyndi Lauper, Chrissie Hynde (The Pretenders), Kate Pierson (B-52’s) e Ann e Nancy Wilson (Heart), que foram diretamente influenciadas por sua música, atitude e coragem.
A biografia da autora e jornalista Holly George-Warren, transmite toda emoção que Janis Joplin passava, de uma forma que ia da melancolia à rebeldia, sempre sendo único. Com sua voz rouca, que todos conhecem, ela transpassava uma alma que sofria e buscava refúgio em si mesmo e Holly retratou em sua obra toda essa busca incessante pelo amor, já que ela nunca teve um relacionamento sólido e duradouro, fazendo-a buscar uma forma de se aliar a sua carreira com o sonho de construir uma uma família, levando ao seu triste fim, com sua morte precoce aos 27 anos, por overdose acidental de heroína.